. No rito de Paulo VI permite-se o uso de incenso em todas as missas, sempre que convier pastoralmente. Em algumas circunstâncias seu uso é obrigatório:
- Missa Estacional do Bispo
- Dedicação de Igreja e Altar
- Confecção do Santo Crisma
- Quando se transportam os santos óleos
- No transporte dos Santos Óleos
- Na exposição solene do Santíssimo Sacramento
Via de regra, deve-se usar também o incenso:
- Apresentação do Senhor
- Domingo de Ramos
- Missa da Ceia do Senhor
- Vigília Pascal
- Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo
- Solene Transladação das relíquias
Em geral, procissões que se fazem com solenidade

"Suba a minha prece como incenso à tua presença, minhas mãos erguidas como oferta vespertina" Sl 140,2
Preparação
Para o uso de inceso prepare-se turíbulo, naveta e incenso.

A naveta deve conter uma pequena colher e incenso suficiente para a celebração, este deve ser puro, de suave odor, ou se com outra substância, cuide-se que seja muito superior sua parcela.
Bênção do Incenso
Maneiras de Incensar
No rito romano, a maneira da incensação possui algumas regras práticas e poucas, mas que merecem ser respeitadas. Primeiramente, quando se incensa faz-se reverência antes e depois da incensação, menos ao altar e às oblatas. Quem é incensado também faz reverência profunda.
Com três ductos do turíbulo incensa-se: "o Santíssimo Sacramento, as relíquias da santa Cruz e as imagens do Senhor expostas à veneração pública, as oblatas para o sacrifício da Missa, a cruz do altar, o Evangeliário, o círio pascal, o sacerdote e o povo.
Com dois ductos incensam-se as relíquias e imagens dos Santos expostas à veneração pública, e só no início da celebração, quando se incensa o altar." Lembremo-nos que as imagens de Nossa Senhora e outro Santo que contenham a imagem de Jesus Menino são incensadas com três ductos.
Uso dentro da Missa
Usa-se nas seguintes partes da Missa:
- durante a procissão de entrada;
- no princípio da Missa, para incensar a cruz e o altar;
- na procissão e proclamação do Evangelho;
- depois de colocados o pão e o cálice sobre o altar, para incensar as oblatas, a cruz, o altar, o sacerdote e o povo;
a)
e) à ostentação da hóstia e do cálice, depois da consagração.
Além das demais procissões e ocasiões que as rubricas próprias do rito exijam. Não se deve usar incenso em apenas uma destas partes, salvo rito especial como dedicação de igrejas.
a,b)Antes da missa, o sacerdote impõe incenso no turíbulo e o abençoa. Em seguida, na procissão de entrada o turiferário vai acompanhado do naveteiro à frente da cruz. O naveteiro sempre à direita e um pouco atrás. Chegando ao altar, sobem sem fazer reverência profunda e esperam que o sacerdote revencie o altar e o beije. Coloca-se incenso novamente, se for necessário. Incensa-se o altar, a cruz, as imagens dos santos expostos à veneração pública e as relíquias.
d)Após o sacerdote rezar "De coração contrito e humilde...". Os acólitos aproximam-se dele, este abençoa o incenso. Em seguida incensa as oblatas, a cruz, o altar; não porém relíquias ou imagens.
Uma das principais mudanças do Concílio Vaticano II foi a exigência, sempre que possível, do altar separado da parece para permitir, entre outras coisa a incensação completa do mesmo. Assim a incensação do altar faz-se com simples ictus do seguinte modo:
"a) se o altar está separado da parede, o sacerdote incensa-o em toda a volta;
Durante o ofertório, na Missa, junta-se à incensação do altar, à das oblatas e da cruz da seguinte forma:
"Se a cruz está sobre o altar ou junto dele, é incensada antes da incensação do altar; aliás, é incensada quando o sacerdote passa diante dela. O sacerdote incensa as oblatas com três ductos do turíbulo, antes de incensar a cruz e o altar, ou fazendo, com o turíbulo, o sinal da cruz sobre as oblatas." A forma acima dita, o sinal da cruz sobre as oblatas ,é feito da seguinte forma em duas partes. Tal rito constava no cerimonial tridentino, sendo reintroduzido no missal de 2002 pelo Papa João Paulo II:
a) Em forma de cruz, com 3 cruzes, dizendo as respectivas fórmula:
" 1. INCENSUM 2. ISTUD 3. A TE 4. BENEDICTUM 5. ASCENDAT 6. AD TE, DOMINE "
b) Em forma de círculo com 3 círculos, com as fórmulas:
"7. ET DESCENDAT SUPER NOS 8. MISERICORDIA 9. TUA"


Os ceroferários podem ser 6, 4 ou apenas 2. Podem ainda ausentar-se. Caso o diácono não possa incensar, o turiferário toma o seu lugar ao centro.
Liturgia das Horas
"Na liturgia das horas pode-se usar incenso nas Laudes e Vésperas, quando celebradas solenemente. Durante o canto evangélico incesa-se o sacerdote, o altar e o povo."

Na falta do diácono para incensar o sacerdote, ao altar e o povo, fá-l0 um acólito.
A incensação na exposição do Santíssimo Sacramento e em sua bênção será tratado em postagem própria sobre esses ritos.
Esse texto foi feito com base no Cerimonial dos Bispos, números de 84 a 98; Introdução Geral do sobre o Missal Romano, números 276 e 277, 173 e 178.
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